Apresentação

O ensino da música e a prática musical no primeiro ciclo e ensino pré-escolar continua a ser alvo de um crescente interesse por parte de grande parte dos docentes. A implementação de atividades de enriquecimento curricular que, eventualmente, abrangem esta área não isentam os docentes titulares dessa prática, mantendo-se a música como um recurso pedagógico essencial no dia-a-dia letivo. A formação nesta área continua por isso a ser necessária e desejada pelos docentes, e para além de corresponder às suas necessidades e interesses, pretende-se contribuir de forma eficaz para a sensibilização das crianças para a música, durante os primeiros anos da infância, através de um correto desenvolvimento da capacidade de aprendizagem musical que favoreça uma sensibilidade apurada. Pedagogos e investigadores como Jacques Dalcroze, Carl Orff, e mais recentemente Jos Wuytack ou Edwin Gordon, têm preconizado e demonstrado, através de métodos específicos e estudos científicos, que o desenvolvimento de capacidades rítmicas e auditivas favoráveis à aprendizagem da linguagem musical deve ter início logo nos primeiros anos de vida.

Destinatários

Professores dos grupos 100 e 110

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. 

Objetivos

• Sensibilizar para a necessidade de utilização dos instrumentos da sala de aula como um recurso fundamental na formação musical das crianças. • Desenvolver competências técnicas na interpretação de músicas com flauta de bisel e instrumentos de percussão. • Desenvolver competências na utilização dos instrumentos em sala de aula, em grande grupo.

Conteúdos

JOGOS DE EXPLORAÇÃO Atividades lúdicas para a utilização da voz, corpo e instrumentos. Jogos de exploração com base em vivências sonoro-musicais. O desenvolvimento da musicalidade. A VOZ A voz como instrumento primordial. A capacidade de inventar e reproduzir melodias, e a aquisição de um reportório de canções, rimas e lengalengas. O CORPO A expressão corporal como forma privilegiada e natural de comunicação. A importância da mímica na forma e expressão da linguagem musical. O movimento, a dança, e a percussão corporal como meios de desenvolvimento da musicalidade. OS INSTRUMENTOS As qualidades sonoras dos materiais e objetos na seleção e experimentação do som; Os brinquedos musicais regionais da tradição popular portuguesa; A flauta de bisel; O instrumental Orff; Exercícios de técnica instrumental. A voz e os instrumentos na sala de aula Interpretação de peças instrumentais. Regras a respeitar na programação da estratégia de ensino de uma determinada peça instrumental. Estratégias para a utilização de instrumentos na sala de aula. Estratégias facilitadoras através da integração das TIC. A EXPRESSÃO E CRIAÇÃO MUSICAL O essencial da teoria musical: Figuras rítmicas, Pauta e notas musicais (em clave de sol), Escalas (diatónicas e pentatónicas). Utilização e criação do ostinato. Técnicas elementares de composição e improvisação musical. REFLEXÃO E AVALIAÇÃO Reflexão sobre o trabalho e práticas desenvolvidas na ação; Descrição do percurso individual de formação e auto avaliação das aprendizagens realizadas; Estratégias de continuidade.

Metodologias

Modelo de formação aberto e participado, com recursos a contributos diversos, e especialmente orientado para: • o trabalho conjunto; • a troca de experiências e ideias entre os formandos; • a definição e reformulação de estratégias de partilha/cooperação – trabalho de equipa; • a reflexão crítica face às implicações didáticas e pedagógicas da integração da expressão e prática musical em contexto escolar. As sessões terão uma forte componente prática, com frequente organização de grupos de trabalho de acordo com objetivos e competências dos participantes. As sessões presenciais organizam-se em 6 blocos que se desenvolvem de modo transversal ao longo de 5 a 7 sessões de 3 a 5 horas.

Avaliação

A avaliação da atividade desenvolvida nesta ação de formação será realizada pelo formador de modo contínuo, em conjunto com os formandos, tendo como referência os objetivos e as finalidades da ação. A avaliação traduz-se numa classificação final quantitativa, na escala de 1 a 10, que será expressa através do referencial de menções qualitativas previsto no n.º 6 do artigo 4.º do Despacho n.º 4595/2015: Excelente — de 9 a 10 valores; Muito Bom — de 8 a 8,9 valores; Bom — de 6,5 a 7,9 valores; Regular — de 5 a 6,4 valores; Insuficiente — de 1 a 4,9 valores Na análise dos níveis de participação individuais serão tomados em consideração os seguintes itens: • A qualidade da participação e realização das atividades propostas nas sessões de trabalho; • A qualidade das interações com os restantes elementos do grupo; • A consistência e relevância da participação e competências desenvolvidas, demonstrada através de um relatório final de autoavaliação.

Bibliografia

AMADO, Maria Luisa, O Prazer de Ouvir Música, Lisboa: Caminho, 1999DEPARTAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Currículo nacional do ensino básico – competências essenciais, Lisboa: Departamento da Educação Básica, 2001GORDON, Edwin E., Teoria da Aprendizagem Musical: Competências, Conteúdos e Padrões, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000ORFF, Carl / KEETMAN, Gunild, MÚSICA PARA CRIANÇAS - I PENTATÓNICO - ORFF-SCHULWERK, adapt. Maria de Lourdes Martins, Mainz: B Schott’s Sohne, 1961MARTINS, Maria de Lourdes, A Criança e a Música - O livro do professor, Lisboa: Livros Horizonte, 1988

Observações

Esta formação destina-se exclusivamente a docentes a exercer funções no Agrupamento de Escolas N.º1 de Abrantes

Formador

António Carlos Barreto Tomás

Cronograma